XIV CODEJE: Palestrante reforça a importância das EJEs no combate à Desinformação
As palestras e mesas-redondas do XIV CODEJE seguem na tarde desta quinta-feira (21) e a abertura oficial ocorrerá às 19h, no Pleno do TRE-ES

Magistrados e servidores das Escolas Judiciárias Eleitorais de todo o Brasil estão reunidos no XIV Encontro do Colégio de Dirigentes das Escolas Judiciárias Eleitorais (CODEJE) em Vitória, Espírito Santo, para trocar experiências, compartilhar boas práticas e planejar as ações para as Eleições 2020. Na manhã de abertura do evento, que segue até sexta-feira (22), os participantes foram estimulados pelo chefe da Seção de Programas Institucionais da EJE-RS, Alexande Basílio, a refletir sobre os desafios das eleições municipais do ano que vem.
Alexandre Basílio, que além de fazer parte da EJE-RS também é membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP) e coordenador do Grupo de Estudos para a Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), defende que as Escolas Judiciárias Eleitorais são uma ferramenta importante para o efetivo combate à desinformação.
Para Basílio, “embora o Brasil seja um país de dimensões continentais, os problemas que temos são pontuais, mas iguais, em todos os estados. É o problema da Desinformação, da falta de informação com credibilidade que gere confiança no sistema eletrônico de votação e do funcionamento das urnas eletrônicas. Onde você analisar, você vai encontrar os mesmos problemas”.
A solução, de acordo com o palestrante, passa pela utilização das EJEs como forma de sensibilização dos eleitores, que trabalharão como uma espécie de “exército do bem”, identificando e neutralizando a ação das fake news eleitorais: “O que eu proponho, é uma solução permanente, onde nós tenhamos, a partir das Escolas Judiciárias Eleitorais, a formação da confiança no processo eletrônico de votação, e fazendo isso, a gente cria uma “militância do bem”, que pode ser dos próprios servidores, já bem informados, treinados e capacitados, inclusive com mesários, além da criação de uma central de monitoramento, com software ou não, ideal que seja permanente, e faça a análise de cada uma das desinformações de 2018 e mantenha nas redes sociais a informação a respeito daquilo”.
E Basílio continua: “com isso, a gente vai criar uma resiliência no eleitorado para que toda a vez que ele pesquisar “fraude nas urnas”, vai até aparecer o vídeo da fraude, mas em seguida aparece o vídeo mostrando como aquilo foi feito, o que aconteceu e qual é a verdade. E o mais importante de tudo, que esta verdade tem que ser embalada de forma que a gente convença o eleitorado, não como uma pessoa de terno e gravata, com bandeiras e brasões atrás, mas falando entre iguais, de eleitor para eleitor. Não pode ser institucional, pois o institucional perdeu um pouco a credibilidade. E as Escolas Judiciárias Eleitorais são essas pessoas comuns, que vão fazer com que os próprios eleitores possam nos defender”, finaliza.